22/11/2012

Com Cláudia Costin, MEC Mantém a Coerência

A notícia de que a Senhora Cláudia Costin assumirá a Secretaria de Educação Básica tem provocado manifestações de diversos entidades e atores ligados à Educação. Abaixo-assinados e notas foram divulgados no intuito de demonstrar o equívoco dessa possível nomeação e os retrocessos que ela representa para o País.
Dentre tais manifestações, ressaltamos uma nota lançada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, a qual sintetiza algumas das preocupações e rumores em torno da provável nomeação da Secretária de Educação Básica.
A nota “Cláudia Costin: MEC deve manter coerência” (divulgada no sítio da Entidade: http://www.cnte.org.br/) sugere que a indicação da Ministra da Administração Federal e Reforma do Estado no Governo FHC poderia ser entendida como um “movimento que venha a indicar retrocessos no projeto de resgate da educação pública brasileira e do país, que com muita luta tem sido colocado em curso na última década”, uma vez que seria ela uma legítima representante da pauta neoliberal.
Compartilhamos das preocupações explicitadas pelo CNTE, todavia, diferentemente daqueles que veem a indicação da Senhora Cláudia Costin como um retrocesso e como um gesto de incoerência, consideramos que o MEC nomeará alguém em perfeita sintonia com os projetos hegemônicos no Órgão.
A nomeação de Costin é, antes de tudo, um gesto de profunda coerência de um ministério sucateado, que abandonou projetos de Estado em nome de fórmulas messiânicas e propagandistas – para termos um triste exemplo disso, basta acompanharmos o tratamento que o MEC dispensou ao Plano Nacional de Educação em sua coexistência com os projetos políticos da Gestão Haddad (clique aqui). Ações que contrariam a lógica gerencial proposta pela corrente neoliberal são, hoje, artefatos marginais no rol de políticas da Administração, deixados à sombra dos “PRONATECs” (vide http://www.movate.org/2012/05/pronatec-retorno-decada-de-90.html).

Entendemos que este é o momento de rechaçarmos não apenas a possível nomeação de Cláudia Costin, a qual não alteraria em nada a conjuntura política do MEC. Deveríamos, antes, focar nossa atenção na estrutura político-administrativa que vem se fortalecendo no Brasil e que propicia a incorporação de dirigentes com tal perfil.

2 comentários:

  1. Eu também concordo. Acho que esse movimento representa algo diferente, talvez, um olhar a frente...
    É isso aí!!

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