A
notícia de que a Senhora Cláudia Costin assumirá a Secretaria de Educação
Básica tem provocado manifestações de diversos entidades e atores ligados à
Educação. Abaixo-assinados e notas foram divulgados no intuito de demonstrar o
equívoco dessa possível nomeação e os retrocessos que ela representa para o
País.
Dentre
tais manifestações, ressaltamos uma nota lançada pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação – CNTE, a qual sintetiza algumas das preocupações e
rumores em torno da provável nomeação da Secretária de Educação Básica.
A
nota “Cláudia Costin: MEC deve manter coerência” (divulgada no sítio da
Entidade: http://www.cnte.org.br/) sugere que a indicação
da Ministra da Administração Federal e Reforma do Estado no Governo FHC poderia
ser entendida como um “movimento que venha a indicar retrocessos no projeto de
resgate da educação pública brasileira e do país, que com muita luta tem sido
colocado em curso na última década”, uma vez que seria ela uma legítima
representante da pauta neoliberal.
Compartilhamos
das preocupações explicitadas pelo CNTE, todavia, diferentemente daqueles que
veem a indicação da Senhora Cláudia Costin como um retrocesso e como um gesto
de incoerência, consideramos que o MEC nomeará alguém em perfeita sintonia com
os projetos hegemônicos no Órgão.
A
nomeação de Costin é, antes de tudo, um gesto de profunda coerência de um
ministério sucateado, que abandonou projetos de Estado em nome de fórmulas
messiânicas e propagandistas – para termos um triste exemplo disso, basta
acompanharmos o tratamento que o MEC dispensou ao Plano Nacional de Educação em sua coexistência com os projetos políticos da Gestão Haddad (clique aqui). Ações que contrariam
a lógica gerencial proposta pela corrente neoliberal são, hoje, artefatos
marginais no rol de políticas da Administração, deixados à sombra dos
“PRONATECs” (vide http://www.movate.org/2012/05/pronatec-retorno-decada-de-90.html).
Entendemos
que este é o momento de rechaçarmos não apenas a possível nomeação de Cláudia
Costin, a qual não alteraria em nada a conjuntura política do MEC. Deveríamos,
antes, focar nossa atenção na estrutura político-administrativa que vem se
fortalecendo no Brasil e que propicia a incorporação de dirigentes com tal
perfil.
Concordo plenamente!!
ResponderExcluirEu também concordo. Acho que esse movimento representa algo diferente, talvez, um olhar a frente...
ResponderExcluirÉ isso aí!!