Senhor
Ministro,
Com grata surpresa recebemos o seu discurso em ocasião da
solenidade de apresentação da equipe de secretários, secretária e presidentes
de autarquias que o acompanharão neste início de gestão, a qual tem pela frente
os hercúleos desafios atinentes à complexidade da pasta educacional.
A clareza manifesta e a honestidade com que tratou as condições de
trabalho dos servidores do Ministério da Educação, bem como a inusual abertura
de um espaço democrático que permitiu o diálogo com todos os presentes na
solenidade, são, por si, fatos que inauguram uma nova postura da administração
desse Ministério, ainda tão avesso à gestão democrática e participativa. Também
fundam um novo olhar sobre as possibilidades de se estabelecer entre os
servidores do MEC e este Gabinete Ministerial uma relação de respeito mútuo e
de partilha de esforços.
Se um quadro sinóptico do passado nos demonstra as dificuldades do
Ministério da Educação de assumir seus projetos como ações de Estado,
preparados para enfrentar, com espírito de continuidade, as inconstâncias da
dinâmica político-partidária brasileira – e de entender que seus servidores
devem estar à altura desse desafio –, suas manifestações incisivas na
solenidade de hoje fizeram-se compromissos tácitos com a luta que temos travado
pela transformação do Ministério da Educação.
De fato foi notório o antagonismo do discurso do atual ministro com relação aos discursos proferidos pelo ex (sempre ignorava os servidores). Ainda que o discurso do dia 16 fique, ou tenha sido, no plano do discurso (cedo demais para avaliar), pode-se registrar e considerar um avanço com relação ao histórico do ministro anterior. Aguardemos o desenrolar da história!
ResponderExcluirEstou de acordo, faz tempo que não se via a palavra "servidor do mec" nas rodas oficiais.
ExcluirTorço pelo Mercadante e espero que ele consiga materializar o seu discurso.
ResponderExcluircomo servidora da UFRGS, acho essencial esta visão do servidor - o servidor faz história, conhece a história; eu fico espantada com os questionamentos que o MEC levanta às Universidades por mero desconhecimento de requisitos legais anteriores à atual LDB; políticas de longo prazo, como a educação, exigem servidores de carreira, comprometidos com a história e com os resultados, não "auditores" com conhecimentos rasteiros que, amanhã, se lançam no mercado como "consultores" intermediando a solução de problemas que eles próprios criam quando atuam no MEC.
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