12/04/2007

Reflexões Sobre o PDE

..........Esperamos que o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), mais do que uma resposta política às aferições recentes que evidenciam o quadro crítico em que se encontra o nosso sistema educacional, seja um esforço bem fundamentado e coerente com as diretrizes do Estado. Uma vez posto como uma ação conjunta, com o envolvimento de toda sociedade, é com estranheza que constatamos o fato de que nem mesmo os servidores do MEC têm conhecimento ou participação nas supostas diretrizes desse Projeto. Se hoje citamos o PDE neste documento, é porque o conhecemos através de meios de comunicação externos.
..........Asseguramos que não teremos uma postura meramente contemplativa diante do atual contexto de propostas que envolvem o Ministério da Educação. Como representantes dos interesses do Estado, contribuiremos para a eficiente implantação das iniciativas que possam contribuir para o aprimoramento do nosso sistema educacional. Atribuímos aos servidores do MEC um importante papel para que tais iniciativas possam ter continuidade independentemente das mudanças dos cargos políticos que compõem a Administração.
..........Programas e Ações desenvolvidos pelo MEC precisam ter continuidade; devem, portanto, ser planejados, executados, acompanhados e avaliados, com a participação dos servidores efetivos. As ações desenvolvidas por consultores indicam descontinuidade e, na maioria das vezes, causam prejuízo ao processo educacional.
..........Será a contratação de mais 80 consultores através da Unesco, que receberão em apenas 10 meses de trabalho o equivalente a 25 meses de remuneração do mesmo número de servidores efetivos com qualificações semelhantes, o primeiro passo assertivo de um Programa que pretende ser perene, não apenas de um Governo?
..........Por que não utilizarmos os servidores do Ministério da Educação nessa tarefa, economizando dinheiro público e agregando ainda mais experiência profissional aos quadros do Ministério da Educação?
..........Por que o Ministério da Educação prega para os sistemas estaduais e municipais de ensino a importância da “gestão democrática e participativa” da Educação, mas não procura criar espaços participativos dentro do próprio MEC?
..........É importante que todos os trabalhadores em educação desse Ministério façam uma reflexão sobre as expectativas e condições de trabalho que hoje vivenciamos. Precisamos ocupar os espaços que nos são devidos para darmos nossa contribuição à educação brasileira, exigindo respeito às instituições públicas desse país e a seus quadros.
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Movimento de Valorização dos Trabalhadores em Educação do MEC – MOVATE
Veja o edital de contratação:

3 comentários:

  1. Valorizar a Educação Pública é colocá-la como prioridade nº 1 da nação. Neste sentido é importantíssimo que o MEC seja fortalecido por um quadro permanente de Técnicos, Profissionais e Pesquisadores com Plano de Carreira condizente e adequado para garantir a construção e preservação da "memória institucional" e a partir daí refletir em cima do desenvolvimento das políticas educacionais desenvolvidas no país.
    Somente uma política educacional de Estado para o Brasil pode levar o país ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades.
    Educação Pública pobre = País subdesenvolvido
    Ministério da Educação enfraquecido = desperdício de dinheiro público e políticas ineficazes
    Meus cumprimentos aos meus pares pela iniciativa e mais uma vez reitero a importância da nossa voz dentro do sistema e para a sociedade como um todo!
    Abraços

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  2. A cúpula do MEC não tem a visão de que valorizado o seu servidor efetivo, estará construindo uma base mais sólida para a educação brasileira. Prova disto, é o pedido que o MEC, junto com outros ministérios, está fazendo a Casa Civil, para a edição de uma Medida Provisória tornando o Contrato Temporário da União - CTU, praticamente um servidor efetivo, pois hoje o CTU pode permanecer por no máximo 4 anos, com a nova proposta não existiria um tempo limite, o Contrato duraria o tempo do projeto. O que mais espanta, é que na justificativa o MEC alega não ter em seu quadro pessoal qualificado para substituí-los.

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  3. É LAMENTAVEL QUE HOJE AINDA EXISTE FUNCIONARIO DA EDUCAÇÃO QUE ACREDITA EM POLITICOS PRINCIPALMENTE NO PRESIDENTE DO PT , SR LUIZ INACIO, HOMEN QUE DETESTA TRABALHADOR COMO PROVA SEU GOVERNO PRINCIPALMENTE A EDUCAÇÃO

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